terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um pouco da história do jornal no Rio de Janeiro...

1808 - PRIMEIRO JORNAL BRASILEIRO.


O IBGE (www.ibge.gov.br) informa que até o ano de 1999 o dia da imprensa era comemorado em 10 de setembro. E perguntando “você sabe por que a data mudou?”, ele esclarece em seguida:



Hipólito José da Costa.

          Em 1º de junho de 1808, duzentos anos transcorridos ontem, Hipólito José da Costa lançou o Correio Braziliense. No editorial de apresentação do primeiro periódico brasileiro, editado em Londres, o jornalista declarava-se “feliz eu se posso transmitir a uma nação longínqua e sossegada, na língua, que lhe é mais natural, e conhecida, os acontecimentos desta parte do mundo…”. Referia-se a Europa e nessa perspectiva sinalizava que as suas fontes também estavam no velho continente. Em nenhum momento cogitara em noticiar ou comentar acontecimentos do Brasil, nenhuma evidência de seu próprio punho, o que vêm acontecer naturalmente, na medida em que passa a dispor de fontes, também, deste lado do Atlântico.

          Uma leitura de seus escritos revela as suas fontes: Inicialmente as gazetas de Londres, com destaque para o Times citado nominalmente em mais de uma ocasião, o The New York Advertiser (fonte das noticias relativas ao México) a Gazeta de Caracas (fonte das noticias referentes a Venezuela e Colombia), a Gazeta de Buenos Aires (que lhe trazia subsídios sobre a delicada questão diplomática do Rio da Prata.), a Gazeta de Lisboa (logo após a desocupação do território luso pelas forças napoleónicas), o Diário de Barcelona e principalmente a Gazeta do Rio de Janeiro, cujo surgimento Hipólito “antecipou” em outubro de 1808 : “Se pretende estabelecer uma imprensa no Brasil”.
          Acabou sendo em 10 de setembro de 1808 que circulou pela primeira vez a Gazeta do Rio de Janeiro, um periódico oficial que servia à Corte. Até esse ano, eram proibidas a circulação e a impressão de qualquer tipo de jornal ou livro. Porém, havia um jornal que, antes da criação da Gazeta do Rio de Janeiro, já circulava clandestinamente: era o Correio Braziliense, produzido pelo jornalista gaúcho Hipólito José da Costa (ilustração). Se na época as publicações brasileiras eram proibidas porque a Corte Portuguesa temia que os brasileiros fossem influenciados pelas idéias de liberdade, igualdade e fraternidade que circulavam pela Europa, o Correio Braziliense tinha que permanecer clandestino porque simpatizava com tais pensamentos. O Correio Braziliense foi lançado em 1º de junho de 1808, ou seja, três meses antes da Gazeta. Somente em 1999 foi reconhecido oficialmente como pioneiro na história da imprensa brasileira e então, foi criada uma lei que determinava a mudança do dia da imprensa para 1º de junho”.
          O jornal do príncipe, como ficou conhecido, significou a instalação da imprensa no Brasil com as limitações da época: um jornal oficial, sob censura como tudo que se publicava no reino, de livros a cartas de baralho. Segundo o historiador Nelson Werneck Sodré, era "um arremedo de imprensa". Na descrição do historiador inglês John Armitage, que viveu como comerciante no Rio, a Gazeta era a revista Caras da época: só informava "ao público, com toda a fidelidade, do estado de saúde de todos os príncipes da Europa e, de quando em quando as suas páginas eram ilustradas com alguns documentos de ofício, notícias dos dias, natalícios, odes e panegíricos da família reinante. Não se manchavam essas páginas com as efervescências da democracia, nem com a exposição de agravos. A julgar-se do Brasil pelo seu único periódico, devia ser considerado um paraíso terrestre, onde nunca se tinha expressado um só queixume.

          Outra curiosidade, esta impensável hoje: o primeiro redator-chefe do jornal, frei Tibúrcio José da Rocha, trabalhou quatro anos sem receber um centavo. Já Hipólito José da Costa fartou-se do dinheiro do poder que combatia. A história deste brasileiro, nascido no conflagrado território de Sacramento, hoje Uruguai, então disputado pelo Brasil com a Espanha, tem sido muito valorizada. Funcionário do governo português, para o qual cumpriu missões nos Estados Unidos e serviu como diretor da junta da Impressão Régia, Hipólito caiu em desgraça por ser maçom. Perseguido pela Inquisição, exilou-se na Inglaterra, onde, sustentado por amigos da maçonaria e, mais tarde, pelos príncipes, fundou e dirigiu o Correio Brasiliense. Hipólito da Costa e seu periódico têm méritos, sobretudo o de iluminar o ambiente colonial com idéias e críticas à treva do período, mas os críticos não lhe poupam o aulicismo disfarçado e a linha sinuosa de seu jornal.
          Em rigor, o Correio nem atendia a uma das exigências clássicas para definição de jornal: a periodicidade. Se a Gazeta circulava três vezes por semana, o Correio era mensário. Seu foco principal, ao contrário do que diz a lenda, não era o Brasil, mas a Europa e os Estados Unidos. Foi frouxo na defesa da Abolição e da Independência, e forte na pregação de valores morais para a Corte. Ademais, como pondera Sodré, "é discutível sua inserção na imprensa brasileira, menos pelo fato de ser feito no exterior, o que aconteceu muitas vezes, do que pelo fato de não ter surgido e se mantido por força de condições internas, mas de condições externas." Historiadores portugueses, como José M.Tengarrinha, consideram o Correio como um jornal português publicado na Inglaterra.
          O biógrafo Mecenas Dourado conta a história no livro Hipólito da Costa e o Correio Brasiliense. Com o duro título de “O suborno do Correio Brasiliense”, Dourado relata que tanto Dom João quanto Dom Pedro usavam o periódico para veicular intrigas políticas, fortalecer ou enfraquecer idéias dos auxiliares (cilada hoje conhecida como “fritura de ministros”) e subvencionaram o jornal direta ou indiretamente, seja com dinheiro, seja com assinaturas. Hipólito sempre livrou a cara de Dom João, que oficialmente proibia, mas, na verdade, tinha simpatia pelo Correio.

          Segundo Mecenas, era “o próprio príncipe regente quem pagava o jornalista”. Foram dados um “adiantamento” de 2 mil libras e um “ordenado” de mil libras por ano de 1813 a 1821, quando Dom João regressou a Portugal. O acordo continuou no Império, com o secretário de Dom Pedro I, Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, atuando como agente do periódico. Quando morreu, em 11 de setembro de 1823, Hipólito era cônsul-geral do Brasil em Londres. Como se vê, mudar o Dia da Imprensa de 10 de setembro para 1º de junho significa, apenas, trocar a homenagem a um jornal do governo pela homenagem a um jornal vendido ao governo.

Fontes:

CADENA, Nélson. 200 anos de Imprensa. História da Comunicação.
SODRÉ, Nélson Werneck. História da Imprensa no Brasil.
DOURADO, Mecenas. Hipólito da Costa e o Correio Braziliense.
Sites:

http://www.ibge.gov.br/

        "Do jornal impresso ao Jornal virtual, muita coisa mudou, muito se escreveu e muito ainda será escrito, estamos fazendo uma história para deixar para outras gerações."
                                                                                                                    Alexandre Santos.



E.M. Rotariano Arthur Silva - Sua história.


          Essa instituição foi fundada no dia 21 de junho de 1964, pelo Sr. Arthur Silva presidente do Rotary Club de Nova Iguaçu, nos anos de 1963 e 1964. O Sr. Arthur Silva se empenhou e muito contribuiu para que a construção fosse realizada no início a escola era composta de 4 salas de aula e a administração ficou a cargo do Poder Público, na época a Prefeitura de Nova Iguaçu.
          A 1ª diretora foi a Professora Sofia e em sua sucessão vieram a Professora Rita, a Professora Dulcinéia.
          A Professora Dulcinéia por sua vez conseguiu implantar o 2º segmento do 1º grau (5ª à 8ª série). Seguindo a linha de Direção tomaram posse a Professora Valéria, a Professora Ideted, a Professora Iracy e a Professora Vilma ficando no posto até o ano de 1997.
          A história desse estabelecimento de ensino não parou no ano de 1997, no dia 1º de novembro o nome da escola foi ampliado em Homenagem ao Patrono dessa instituição à escola deixa de chamar-se Escola Municipal Rotary de Mesquita e passa a chamar-se Escola Municipal Rotariano Arthur Silva, estando à frente da nova direção a professora Regina Célia e na seqüência a Professora Beliza e pouco depois a Professora Nilce que permaneceu até o início de 2005.
          No dia 20/12/2004 aconteceu à inauguração do novo prédio da Escola Municipal Arthur Silva, neste novo prédio temos 19 salas de aula, auditório, biblioteca e quadra de esportes.
          Desde de 2005 temos a frente da direção Maria Valmira Dantas da Silva.

Fonte: Blog da E. M. Rotariano Arthur Silva.

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